quinta-feira, 23 de abril de 2009

Basquete tem a única equipe da cidade na elite

A atual equipe de basquete masculino de Sorocaba, representada pela Flextronics/LSB/PMS, está longe de reviver as numerosas e importantes conquistas da Minercal de Hortência, Vânia, Vanira, Marta e outras grandes jogadoras que passaram pela cidade. Porém, graças à persistência do ex-jogador Rinaldo Rodrigues, o time masculino de basquete é o único a participar de uma competição de alto rendimento -disputa o Campeonato Paulista da Série A1, ao lado de Franca, Limeira, Paulistano e outros clubes tradicionais do basquete Estadual.Para chegar a este nível, o caminho foi longo e às vezes árduo. O sonho só se tornou realidade em função do apoio do poder público e, principalmente, da iniciativa privada que assumiu as despesas com a folha de pagamento dos atletas. Mas antes de chegar à elite do basquete paulista, a equipe procurou não queimar etapas e hoje possui um trabalho de base que já começa a revelar grandes jogadores, como é o caso de Reinaldo Júnior, de 15 anos, pré-convocado para a seleção brasileira da categoria; Gustavo de Paula, 16 anos, contratado pelo Palmeiras; Alex da Silva, 17 anos, também no Palmeiras; Heitor Cardoso, Pinheiros; e Tiago Marcleo, no Paulistano.


Trajetória de sucesso Tudo começou em 1998, dois anos após o fechamento da equipe de vôlei da Leite Moça, outra equipe que trouxe alegrias e títulos para a cidade. Na época, Rinaldo havia parado de atuar como jogador e decidiu montar a Liga Sorocabana de Basquete. Até 2001, a equipe disputava apenas o Campeonato da Liga de Iracemápolis, classificatório para a Série A2 e que corresponde às competições disputadas atualmente pelo handebol masculino e feminino e vôlei feminino.Em 2002, o time de Rinaldo conquistou o vice-campeonato da Liga com a categoria juvenil e em 2003 classificou-se para o Paulista da Série A2 adulto. A equipe seguiu participando das duas competições até que em 2006 atingiu seu objetivo, que era a classificação para a Série A1."Foi neste ano que as coisas começaram a melhorar. Os empresários começaram a valorizar o nosso trabalho de base e dessa maneira passaram a investir no time adulto, pois todos têm consciência de que é necessário ter o "espelho" para formar novos atletas", explicou Rinaldo Rodrigues, que no primeiro ano na elite do basquete contava com o patrocínio de um hipermercado.Na estreia na A1, o time formado basicamente por jogadores de Sorocaba ficou em último lugar na competição. No ano seguinte, outro revés - a equipe foi a penúltima na tabela de classificação. Mas ao invés de desistir, Rinaldo seguiu em frente e conseguiu melhorar o rendimento da equipe, que desde que foi formada já venceu nove vezes os Jogos Regionais.Em 2008, com o patrocínio da empresa Flextronics, que é a base de sustentação financeira da equipe, Rinaldo provou que estava no caminho certo. Manteve a equipe no topo dos Regionais, foi terceiro colocado no Torneio Novo Milênio e ficou na nona colocação no Paulista, quase se classificando para o playoff da competição e para o Campeonato Brasileiro da modalidade (apenas os oito primeiros têm vaga garantida no nacional).


Os primeiros frutos "Nesses dez anos matamos um leão por dia. Não que eu esteja satisfeito. Este ano vamos buscar a classificação entre os oito primeiros do Paulista, mas o que importa realmente é que o trabalho está dando resultado, com a revelação de novos talentos e as escolinhas lotadas com mais de 150 alunos praticando basquetebol", conta emocionado, o técnico Rinaldo.O ex-jogador conta que durante sua batalha pensou várias vezes em desistir, mas que a paixão pelo esporte foi maior. "De cara percebi que não havia uma política definida para apoiar o esporte de alto rendimento, mas na minha concepção não há como fazer esporte social sem uma equipe para servir de exemplo. Então resolvi insistir e hoje percebo que apesar das dificuldades esse foi o melhor caminho", declarou o treinador.Rinaldo também reconhece o importante apoio da prefeitura - cerca de R$ 4 mil por mês para ajudar nas despesas de arbitragem e taxas de Federação -, e exalta a parceria com a Flextronics, sua principal patrocinadora. "Sem eles seria impossível sonhar em estar entre os melhores do Estado e quem sabe futuramente do Brasil".Atualmente, uma equipe de ponta no Paulista da A1 custa entre R$ 50 mil e R$ 100 mil mensais. A equipe sorocabana tem um orçamento de aproximadamente R$ 20 mil. As escolinhas desenvolvidas pela LSB funcionam no Colégio Objetivo, Oficina Céu Azul e Centro Esportivo da Vila Gabriel.




Notícia publicada no: Jornal Cruzeiro do Sul

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